Resumo
A gestação de alto risco envolve condições que comprometem a saúde materno-fetal, aumentando as chances de complicações durante a gravidez, parto e puerpério. Apesar dos avanços das políticas de saúde direcionadas à essa questão, a mortalidade materna continua elevada, de modo a evidenciar a necessidade de melhorias e efetividade na assistência ao pré-natal, especialmente quando fatores de risco são identificados. Este artigo busca abordar o manejo da gestação de alto risco na Atenção Primária, discutindo as principais intervenções e desafios evidenciados. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando uma abordagem qualitativa e descritiva, sendo as pesquisas realizadas nas bases de dados BVS e PubMed, a partir da questão norteadora: “Como ocorre o manejo da gestação de alto risco na Atenção Primária?”. Nesse contexto, evidenciou-se que o manejo das gestações de alto risco enfrenta desafios relacionados à identificação das gestantes que apresentam alto risco, ao acesso a consultas e exames, e à capacitação das equipes de saúde. Os estudos destacam a importância da atuação multidisciplinar, bem como da educação em saúde e do monitoramento contínuo para prevenir complicações relacionadas à assistência inadequada. Ademais, intervenções preventivas, a partir da realização de educação em saúde, mostra-se uma ferramenta importante para desfechos maternos e fetais favoráveis. No entanto, limitações estruturais e desigualdades no acesso aos serviços de saúde ainda são problemas significativos. Nesse contexto, a promoção de educação em saúde, a coordenação entre atenção primária e serviços especializados é crucial para garantir a continuidade do cuidado e melhor prognóstico das mulheres que apresentam gestações de alto risco.
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