Análise da Morbimortalidade da Malária na Região Norte do Brasil (2018- 2023): Desafios e Perspectivas para o Controle da Doença

Resumo

INTRODUÇÃO: A malária, uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Anopheles, apresenta alta incidência na região Norte do Brasil, devido a fatores climáticos, desmatamento, falta de saneamento e pobreza, especialmente em áreas ribeirinhas. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é analisar a incidência de internações e óbitos por malária nos estados do Norte do Brasil entre 2018 e 2023, avaliando tanto aspectos quantitativos quanto qualitativos da morbimortalidade. METODOLOGIA: O estudo foi realizado com base em uma análise epidemiológica descritiva e retrospectiva dos dados sobre internações e óbitos causados pela malária, coletados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), por meio da plataforma DataSUS. Foram analisadas informações das sete capitais dos estados da região Norte, abrangendo o período de 2018 a 2023. A pesquisa também incluiu uma análise qualitativa de artigos científicos disponíveis em bases de dados como o Google Acadêmico. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os resultados indicam que a malária tem atingido a região Norte de forma intensa, com destaque para os estados de Roraima e Rondônia, que apresentaram os maiores índices de internação e óbitos. Em 2018, houve o pico de internações com 1828 casos registrados. Durante a pandemia de COVID-19, observou-se uma redução no número de casos de internações e óbitos, possivelmente devido ao isolamento social. No entanto, os fatores socioeconômicos e geográficos continuam a contribuir para a alta incidência de malária na região. Roraima liderou tanto em internações quanto em óbitos, o que reforça a necessidade de políticas públicas mais eficientes para o controle da doença. CONCLUSÃO: A malária permanece um desafio significativo de saúde pública na região Norte do Brasil. Os resultados destacam a relevância de ações para a prevenção e controle da malária, incluindo o fortalecimento dos sistemas de vigilância epidemiológica, melhor acesso aos serviços de saúde e programas de educação comunitária. O contexto pandêmico demonstrou que medidas de isolamento podem ter um impacto positivo na redução dos casos de malária, evidenciando a importância de estratégias eficazes de controle e prevenção.