Resumo
Os ossos são estruturas com uma fisiologia rica e um metabolismo ativo, exercendo funções essenciais como suporte corpóreo, regulação e armazenamento de cálcio e fósforo em forma de cristais de hidroxiapatita, além da síntese dos componentes figurados do tecido sanguíneo. São compostos por uma matriz orgânica, formada principalmente por colágeno tipo I e proteoglicanos, e uma matriz inorgânica, composta por cristais de hidroxiapatita. A manutenção do equilíbrio entre a produção e a reabsorção da matriz óssea, mediada por osteoblastos, osteócitos e osteoclastos, é crucial para a saúde do tecido e a regulação de íons no sangue. No entanto, desregulações nesse processo podem levar ao aumento da reabsorção óssea e à redução da formação da matriz, comprometendo a função estrutural dos ossos. Essa situação é particularmente preocupante em mulheres pós-menopausa, devido à redução dos hormônios sexuais, como o estrogênio, que desempenha papel protetor contra a osteoporose. O objetivo deste estudo foi revisar os principais aspectos fisiopatológicos da osteoporose relacionados à deficiência estrogênica e suas implicações no metabolismo ósseo, com ênfase nas consequências metabólicas e nas abordagens preventivas ou terapêuticas para mulheres pós-menopausa. Trata-se de uma revisão literária baseada em artigos selecionados nas bases de dados PubMed e SciElo. Foram utilizados os descritores "Osteoporose", "Osteoporose pós-menopausa", "Mulher", "Hormônios" e "Hormônios sexuais", conforme o DeCS/MeSH. Os critérios de inclusão consideraram artigos com temática condizente, disponíveis em inglês ou português, sem restrição de tempo de publicação. Inicialmente, os títulos e resumos foram analisados para triagem temática, seguido pela leitura integral dos textos selecionados. Por fim, foram incluídos artigos que abordavam os temas de osteoporose pós-menopausa e o papel dos hormônios sexuais no metabolismo ósseo. A osteoporose, se não tratada, pode trazer graves consequências, impactando a qualidade de vida das pacientes e aumentando a morbimortalidade devido às fraturas, principalmente de colo e cabeça de fêmur
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