Resumo
Introdução: A dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, é endêmica no Brasil e apresenta altos índices especialmente em Minas Gerais, influenciada por condições ambientais como clima e pluviosidade. Metodologia: Estudo transversal e quantitativo, realizado com dados do SINAN, DATASUS e complementado pelo IBGE, analisou 2.290.624 casos de dengue registrados entre 2020 e 2024 no estado, avaliando variáveis como sorotipos, idade, gênero e localização geográfica. Os dados foram organizados em tabelas e gráficos para facilitar a análise. Resultados e discussão: Os resultados indicaram uma redução nos casos durante 2020 e 2021, período afetado pela pandemia de COVID-19, possivelmente pela priorização no controle dessa nova doença e pelas medidas de distanciamento social. Em contrapartida, os anos seguintes, especialmente 2024, apresentaram aumento significativo nos casos, refletindo a retomada de condições que favorecem a proliferação do vetor. Adultos jovens foram os mais afetados pela doença, enquanto a hospitalização foi maior entre idosos, indicando maior gravidade da infecção nessa faixa etária. O sorotipo DEN-1 foi o mais frequente, e a maior parte dos casos se concentrou nas regiões sul, centro-sul e centro de Minas Gerais, áreas com alta densidade populacional e condições socioeconômicas propícias para a transmissão. Conclusão: A alta incidência da dengue em Minas Gerais evidencia a necessidade de medidas preventivas integradas e campanhas educativas para controle da doença. O estudo destaca a importância da coleta de dados detalhados sobre sorotipos e a necessidade de melhorias no sistema de vigilância epidemiológica, contribuindo para políticas públicas mais eficazes no enfrentamento da dengue.
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