TERAPIAS COMBINADAS NO TRATAMENTO DA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA: PERSPECTIVAS EM MEDICINA TRANSLACIONAL

Resumo

Introdução: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta os neurônios motores responsáveis pela coordenação e controle dos músculos voluntários. Nos últimos anos, a medicina translacional tem se destacado como uma estratégia poderosa para acelerar o processo de transformação de descobertas científicas no tratamento da ELA.  Objetivo: Analisar as perspectivas e os avanços das terapias combinadas no tratamento da ELA, com ênfase na aplicação de modelos de medicina translacional. Metodologia: A pesquisa é fundamentada em uma revisão abrangente da literatura existente, para a coleta dos dados, foi utilizada a base de dados PubMed e Scielo, abrangendo estudos entre 2014 a 2024. A pesquisa foi conduzida com os termos "Esclerose Lateral Amiotrófica”, “Terapias Combinadas”, “Medicina Translacional", aplicando o operador booleano "AND". Resultados e discussão: As terapias combinadas têm mostrado potencial no tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), com enfoque na combinação de fármacos neuroprotetores, terapias genéticas, células-tronco e modulação imunológica. Modelos pré-clínicos indicam que a associação de medicamentos como riluzol e edaravone, com abordagens anti-inflamatórias e antioxidantes, pode reduzir a progressão da doença. Ensaios clínicos iniciais demonstram que a combinação de terapias farmacológicas com células-tronco e terapia genética oferece benefícios significativos, incluindo melhora na função motora e aumento da sobrevida. Apesar dos avanços, a transição para a prática clínica enfrenta desafios, como a heterogeneidade dos pacientes e a avaliação de longo prazo. Conclusão: A medicina translacional tem se mostrado essencial para a integração das descobertas científicas com a prática clínica, permitindo o desenvolvimento de terapias combinadas cada vez mais sofisticadas e personalizadas. A implementação dessas estratégias terapêuticas, adaptadas às características individuais de cada paciente, oferece um futuro mais otimista para aqueles que sofrem com a ELA. No entanto, a continuidade da pesquisa e a realização de ensaios clínicos rigorosos serão fundamentais para garantir que as terapias combinadas possam proporcionar benefícios duradouros e uma melhora significativa na sobrevida e na qualidade de vida dos pacientes.