ESCLEROSE MÚLTIPLA: O PAPEL DOS IMUNOSSUPRESSORES NA PREVENÇÃO DE RECORRÊNCIAS E PROGRESSÃO DA DOENÇA
PDF

Palavras-chave

Esclerose Múltipla
Imunossupressores
Tratamento

Como Citar

Nobrega Silva , L., Sousa Alencar Pereira , M. L., Pereira de Sousa Santos , P. D., de Jesus Brito Bacelar Viana Andrade , C., Veras , M. M., Domingues dos Santos, C. E., … Fontenele Albuquerque Lourenço , G. (2025). ESCLEROSE MÚLTIPLA: O PAPEL DOS IMUNOSSUPRESSORES NA PREVENÇÃO DE RECORRÊNCIAS E PROGRESSÃO DA DOENÇA. A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168), 2(1). Recuperado de https://healthbeaconjournal.com/index.php/ihbj/article/view/228

Resumo

Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica do sistema nervoso central, caracterizada por episódios de desmielinização que afetam a transmissão de sinais nervosos. Os imunossupressores têm emergido como uma abordagem terapêutica importante para a doença, visando a modulação do sistema imunológico para evitar os danos causados pela resposta inflamatória excessiva. Objetivo: Avaliar as evidências científicas atuais sobre a eficácia e os desafios associados ao uso de imunossupressores no manejo da Esclerose Múltipla. Metodologia: A pesquisa é fundamentada em uma revisão abrangente da literatura existente, para a coleta dos dados, foi utilizada a base de dados PubMed e Scielo, abrangendo estudos entre 2014 a 2024. A pesquisa foi conduzida com os termos "Esclerose Múltipla”, “Imunossupressores”, “Tratamento", aplicando o operador booleano "AND". Resultados e discussão: A revisão bibliográfica revelou que os imunossupressores desempenham um papel importante no manejo da Esclerose Múltipla (EM), com destaque para os interferões beta e acetato de glatirâmer, que demonstraram reduzir a frequência de surtos em até 40%. Os anticorpos monoclonais, como o natalizumabe e o ocrelizumabe, mostraram eficácia ainda maior, especialmente em formas agressivas da doença, com redução superior a 50% nas recaídas e desaceleração da progressão da incapacidade. No entanto, o uso desses medicamentos está associado a efeitos adversos, como infecções e risco de leucoencefalopatia multifocal progressiva. A resposta ao tratamento varia entre os pacientes, evidenciando a necessidade de terapias personalizadas. Além disso, o monitoramento contínuo e a combinação com outras abordagens terapêuticas, como a reabilitação, têm mostrado benefícios na melhora da qualidade de vida dos pacientes. Conclusão: Os imunossupressores são eficazes na redução de surtos e na desaceleração da progressão da Esclerose Múltipla, especialmente em formas agressivas da doença. No entanto, os efeitos adversos, como infecções e leucoencefalopatia multifocal progressiva, exigem monitoramento rigoroso e abordagens terapêuticas personalizadas. A combinação com tratamentos auxiliares, como a reabilitação física, pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, evidenciando a importância de um manejo integrado e individualizado.

PDF

Referências

AMIN, Moein; HERSH, Carrie M. Updates and advances in multiple sclerosis neurotherapeutics. Neurodegenerative disease management, v. 13, n. 1, p. 47-70, 2023.

AXISA, Pierre-Paul; HAFLER, David A. Multiple sclerosis: genetics, biomarkers, treatments. Current opinion in neurology, v. 29, n. 3, p. 345-353, 2016.

BOTELHO, Louise Lira Roedel; DE ALMEIDA CUNHA, Cristiano Castro; MACEDO, Marcelo. O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e sociedade, v. 5, n. 11, p. 121-136, 2011.

BRITO, Guilherme Camargo et al. Tratamento farmacológico da esclerose múltipla: uma revisão atualizada. Acta méd.(Porto Alegre), p. 409-418, 2018.

DE ESCLEROSE MÚLTIPLA, Sociedade Portuguesa. Esclerose Múltipla. Acessível em: http://www. spem. org/esclerose-multipla/oque-ea-esclerose-multipla.[Acedido em 20 de Março de 2014]. FARMÁCIA COMUNITÁRIA, 2021.

DOSHI, Anisha; CHATAWAY, Jeremy. Multiple sclerosis, a treatable disease. Clinical Medicine, v. 17, n. 6, p. 530-536, 2017.

ERRANTE, Paolo Ruggero; FERRAZ, Renato Ribeiro Nogueira; RODRIGUES, Francisco Sandro Menezes. Esclerose múltipla: tratamento farmacológico e revisão de literatura. UNILUS Ensino e Pesquisa, v. 13, n. 30, p. 105-117, 2016.

GARG, Neeta; SMITH, Thomas W. An update on immunopathogenesis, diagnosis, and treatment of multiple sclerosis. Brain and behavior, v. 5, n. 9, p. e00362, 2015.

HAKI, Maha et al. Review of multiple sclerosis: Epidemiology, etiology, pathophysiology, and treatment. Medicine, v. 103, n. 8, p. e37297, 2024.

HAUSER, Stephen L.; CREE, Bruce AC. Treatment of multiple sclerosis: a review. The American journal of medicine, v. 133, n. 12, p. 1380-1390. e2, 2020.

KUHLMANN, Tanja et al. Multiple sclerosis progression: time for a new mechanism-driven framework. The Lancet Neurology, v. 22, n. 1, p. 78-88, 2023.

TRAVERS, Brett S.; TSANG, Benjamin KT; BARTON, Joshua L. Multiple sclerosis: Diagnosis, disease-modifying therapy and prognosis. Australian journal of general practice, v. 51, n. 4, p. 199-206, 2022.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168)