Resumo
O Carcinoma Espinocelular (CEC) de pele é comum em pacientes idosos e com histórico de exposição prolongada ao sol. Trata-se de uma neoplasia epitelial frequentemente restrita à camada superficial da pele, com alta taxa de cura após excisão cirúrgica com margens livres. Porém, em uma pequena fração dos pacientes, a neoplasia pode progredir para uma forma invasiva e eventualmente metastática. O objetivo deste trabalho é relatar um raro caso de metástase pulmonar secundária a carcinoma espinocelular cutâneo e discutir seu diagnóstico, a partir de informações obtidas do prontuário do paciente. O caso descreve um paciente masculino de 60 anos com histórico de exposição ao forno a lenha e de lesões cutâneas recorrentes de CEC e Carcinoma Basocelular (CBC), apresentando dor torácica esporádica e uma massa pulmonar evidenciada por tomografia computadorizada. Inicialmente, devido ao conhecimento epidemiológico, a hipótese diagnóstica principal foi de neoplasia primária de pulmão. No entanto, o paciente também apresentava critérios para diagnóstico de CEC invasivo, o que foi confirmado posteriormente por exame anatomopatológico da lesão. Desta forma, é importante salientar a importância das ferramentas de classificação de risco, pois mesmo em condições raras como CEC invasivo pode fundamentar a hipótese diagnóstica e orientar o manejo objetivo e correto do paciente.
Referências
CASTRO, Inês Alencar de. Expressão da proteína p53 em diferentes níveis de fotoenvelhecimento da pele. Repertório digital Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2007. Acesso em: 1 mar. 2025.
CORCHADO-COBOS, R. et al. Cutaneous Squamous Cell Carcinoma: From Biology to Therapy. International Journal of Molecular Sciences, v. 21, n. 8, p. 2956, 2020. Acesso em: 1 mar. 2025.
HUMPHREYS, T. R.; SHAH, K.; WYSONG, A. et al. The role of imaging in the management of patients with nonmelanoma skin cancer: when is imaging necessary? American Academy of Dermatology, v. 76, p. 591, 2017. Acesso em: 1 mar. 2025.
JONG, E. et al. Update of advanced cutaneous squamous cell carcinoma. Journal of the European Academy of Dermatology and Venereology, v. 36, n. 1, p. 6-10, 2022. Acesso em: 1 mar. 2025.
KARIA, P. S. et al. Cutaneous squamous cell carcinoma: estimated incidence of disease, nodal metastasis, and deaths from disease in the United States, 2012. Journal of the American Academy of Dermatology, v. 68, n. 6, p. 957, jun. 2013. Acesso em: 1 mar. 2025.
NATIONAL COMPREHENSIVE CANCER NETWORK. NCCN guidelines version 1.2024: Squamous Cell Skin Cancer. 2024. Disponível em: https://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/squamous.pdf. Acesso em: 1 mar. 2025. Acesso em: 1 mar. 2025.
RIIHILA, P. et al. Complement System in Cutaneous Squamous Cell Carcinoma. International Journal of Molecular Sciences, v. 20, n. 14, p. 3550, 2019. Acesso em: 1 mar. 2025.
SCHMULTS, C. D. et al. Factors predictive of recurrence and death from cutaneous squamous cell carcinoma: a 10-year, single-institution cohort study. JAMA Dermatology, v. 149, n. 5, p. 541, mai. 2013. Acesso em: 1 mar. 2025.
YAMASHITA, Ilana; CARAPEBA, Murilo. Lymph node metastasis from cutaneous spinocellular carcinoma: case report. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research – BJSCR, 2024. Acesso em: 1 mar. 2025.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168)