Impacto do Uso Excessivo de Telas no Desenvolvimento de Ansiedade em Crianças e Adolescentes: Uma Revisão Bibliográfica
PDF

Palavras-chave

ansiedade; crianças; adolescentes; tempo de tela; saúde mental; supervisão parental.

Como Citar

Campanharo, L., Mayumi Oliveira Ueda , C., Oliveira Lorenzo de Andrade, L., Mendoza Pereira, L., Simão de Oliveira, T., Mendes Venâncio da Silva, R., … Abrantes de Oliveira, D. (2024). Impacto do Uso Excessivo de Telas no Desenvolvimento de Ansiedade em Crianças e Adolescentes: Uma Revisão Bibliográfica. A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168), 1(4), 125–133. Recuperado de https://healthbeaconjournal.com/index.php/ihbj/article/view/30

Resumo

O aumento do uso de dispositivos eletrônicos entre crianças e adolescentes tem levantado preocupações significativas sobre os impactos na saúde mental, particularmente no desenvolvimento de ansiedade. Este estudo revisa a literatura existente sobre a relação entre o tempo excessivo de tela e a ansiedade em crianças, utilizando uma abordagem sistemática para analisar diversos estudos publicados entre 2010 e 2023. Para a elaboração desta revisão bibliográfica, foi realizada uma busca sistemática em bases de dados acadêmicas como PubMed, Scopus e Google Scholar, utilizando palavras-chave como "tempo de tela", "ansiedade infantil", "uso de dispositivos eletrônicos" e "desenvolvimento infantil". Foram incluídos estudos publicados entre 2010 e 2023 que abordavam a relação entre o uso de tela e a ansiedade em crianças. Os critérios de inclusão contemplaram artigos revisados por pares, estudos longitudinais, transversais e revisões sistemáticas. Os dados foram extraídos e analisados com foco nos métodos, amostras, principais achados e limitações dos estudos. O objetivo é identificar os principais fatores de risco e estratégias de mitigação associados ao uso de telas. Os resultados mostram uma correlação positiva entre o uso excessivo de telas e o aumento dos níveis de ansiedade, destacando que atividades de tela passivas, como assistir televisão, têm um impacto mais significativo do que atividades interativas. Além disso, a supervisão parental e a limitação do tempo de tela são estratégias cruciais para mitigar esses efeitos negativos. A revisão sublinha a importância de intervenções direcionadas que promovam um uso equilibrado da tecnologia, incluindo a promoção de atividades físicas e a educação dos pais sobre os riscos potenciais do uso excessivo de telas. Conclui-se que estratégias eficazes são necessárias para reduzir o tempo de tela e proteger a saúde mental das crianças em um mundo cada vez mais digital.

PDF

Referências

CHEN, S.; CLARK, C. C. T.; REN, Z. Different types of screen-based sedentary time and anxiety in adolescents: Video games may be more important. *Frontiers in Public Health*, v. 10, 2022. DOI: 10.3389/fpubh.2022.918234.

DOMINGUES-MONTANARI, S. Clinical and psychological effects of excessive screen time on children.

*Journal of Paediatrics and Child Health*, v. 53, n. 4, p. 333-338, 2017. DOI: 10.1111/jpc.13462.

DUCH, H. et al. Association of screen time use and language development in Hispanic toddlers: a cross-sectional and longitudinal study. *Clinical Pediatrics*, v. 52, n. 9, p. 857-865, 2013. DOI: 10.1177/0009922813492881.

FANG, K.; MU, M.; LIU, K.; HE, Y. Screen time and childhood overweight/obesity: a systematic review and meta-analysis. *Child Care Health Dev*, v. 45, n. 5, p. 744-753, 2019. DOI: 10.1111/cch.12701.

HALE, L.; GUAN, S. Screen time and sleep among school-aged children and adolescents: a systematic literature review. *Sleep Medicine Reviews*, v. 21, p. 50-58, 2015. DOI: 10.1016/j.smrv.2014.07.007.

LIU, J. et al. Screen media overuse and associated physical, cognitive, and emotional/behavioral outcomes in children and adolescents: an integrative review. *Journal of Pediatric Health Care*, v. 36, n. 2, p. 99-109, 2022. DOI: 10.1016/j.pedhc.2021.06.003.

MARTINOT, P. et al. Exposure to screens and children's language development in the EDEN mother-child cohort. *Scientific Reports*, v. 11, n. 1, 2021. DOI: 10.1038/s41598-021-90867-3.

MUSTONEN, R.; TORPPA, R.; STOLT, S. Screen time of preschool-aged children and their mothers, and children's language development. *Children*, v. 9, n. 10, 2022. DOI: 10.3390/children9101577.

OSWALD, T. K. et al. Psychological impacts of "screen time" and "green time" for children and adolescents: a systematic scoping review. *PLoS One*, v. 15, n. 9, e0237725, 2020. DOI: 10.1371/journal.pone.0237725.

PAGANI, L. S. et al. Prospective associations between early childhood television exposure and academic, psychosocial, and physical well-being by middle childhood. *Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine*, v. 164, n. 5, p. 425-431, 2010. DOI: 10.1001/archpediatrics.2010.50.

PEIRÓ-VELERT, C. et al. Screen media usage, sleep time and academic performance in adolescents: clustering a self-organizing maps analysis. *PLoS One*, v. 9, n. 6, e99478, 2014. DOI: 10.1371/journal.pone.0099478.

RAMIREZ, E. R. et al. Adolescent screen time and rules to limit screen time in the home. *Journal of Adolescent Health*, v. 48, n. 4, p. 379-385, 2011. DOI: 10.1016/j.jadohealth.2010.07.013.

SANDERS, W.; PARENT, J.; FOREHAND, R. Parenting to reduce child screen time: a feasibility pilot study.

*Journal of Developmental & Behavioral Pediatrics*, v. 39, n. 1, p. 46-54, 2018. DOI: 10.1097/DBP.0000000000000501.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168)