Intervenções neurocirúrgicas para epilepsia refratária: Abordagens avançadas de controle.

Resumo

Introdução: A epilepsia é uma condição neurológica crônica que provoca convulsões devido a atividade elétrica anormal no cérebro. Quando os medicamentos falham em controlar as crises em cerca de 30% dos casos, a epilepsia se torna refratária, exigindo intervenções cirúrgicas. A neurocirurgia, apoiada por avanços em técnicas de imagem e eletroencefalografia, tem se mostrado essencial no tratamento desses casos. Este trabalho tem como objetivo revisar as intervenções neurocirúrgicas mais recentes, explorando as técnicas tradicionais e minimamente invasivas, bem como os avanços em neuromodulação e sua aplicação clínica. A revisão também busca analisar a eficácia dessas abordagens no controle das crises e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes, oferecendo uma visão abrangente das opções terapêuticas disponíveis para aqueles que não respondem ao tratamento medicamentoso convencional. Metodologia: Esta revisão bibliográfica investigou as inovações na neurocirurgia para epilepsia utilizando bases de dados como PUBMED, MEDLINE, LILACS, Scopus e Web of Science. Foram incluídos artigos completos em português, inglês e espanhol, publicados entre 2021 e 2024. Resultados e discussão: Os avanços nas técnicas neurocirúrgicas para epilepsia refratária oferecem uma variedade de opções, desde ressecções tradicionais até procedimentos minimamente invasivos. Ressecções como lobectomias são eficazes quando o foco epiléptico é bem definido. Abordagens minimamente invasivas, como radiocirurgia estereotáxica, tratam focos profundos com menor risco e recuperação mais rápida. A neuromodulação, como a estimulação cerebral profunda, é uma alternativa promissora para casos complexos, melhorando a qualidade de vida. Em casos associados a tumores, a integração de neuroimagem e monitoramento intracraniano é crucial. A escolha da técnica deve ser personalizada para otimizar os resultados e minimizar os riscos. Conclusão: As intervenções neurocirúrgicas para epilepsia refratária, incluindo técnicas tradicionais e minimamente invasivas, mostram-se eficazes no controle das crises, especialmente quando personalizadas para cada paciente. Ressecções cirúrgicas permanecem eficientes, enquanto a radiocirurgia e a neuromodulação oferecem alternativas promissoras, com menor risco e melhor recuperação. Essas abordagens, suportadas por tecnologias avançadas, continuam a evoluir, ampliando as opções para pacientes resistentes ao tratamento convencional.