A Importância da Pesquisa Genética no Tratamento do Câncer
PDF

Palavras-chave

Câncer
Pesquisa genética
Terapias personalizadas
Medicina de precisão
Resistência ao tratamento

Como Citar

Camargo Villas Boas Zambrin, G., Porto Inácio , J., Menezes , B., Buitrago de Souza, D., Nascimento Barbosa, L., Freitas Barbosa, C., … Dantas Vieira , B. (2024). A Importância da Pesquisa Genética no Tratamento do Câncer. A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168), 1(4), 226–236. Recuperado de https://healthbeaconjournal.com/index.php/ihbj/article/view/41

Resumo

A pesquisa genética tem se destacado como um elemento crucial no avanço do tratamento oncológico, oferecendo novas perspectivas diagnósticas e terapêuticas. Este estudo adota uma revisão narrativa da literatura para analisar o impacto da pesquisa genética no tratamento do câncer, sintetizando e discutindo contribuições relevantes. Foram consultadas bases de dados como PubMed, Scopus, Web of Science e Google Scholar, utilizando descritores booleanos para refinar os resultados. A inclusão abrangeu publicações entre 2000 e 2019, focadas na aplicação de descobertas genéticas em terapias oncológicas. A análise crítica de 18 estudos selecionados revelou que a caracterização genética dos tumores, a compreensão de mutações específicas e os mecanismos de resistência são fundamentais para o desenvolvimento de terapias personalizadas. Exemplos notáveis incluem o uso do imatinibe para leucemia mieloide crônica e a aplicação do CRISPR-Cas9 para edição genômica. No entanto, a resistência ao tratamento, como observado com o gefitinibe em câncer de pulmão devido à amplificação do gene MET, destaca a necessidade de estratégias combinadas. A terapia com células T receptoras de antígeno quimérico (CAR-T) e a proteogenômica também se mostram promissoras. As diretrizes éticas e a inclusão de diversidade genética são essenciais para garantir benefícios equitativos. Conclui-se que a pesquisa genética proporciona uma abordagem mais personalizada e eficaz no tratamento do câncer, sendo crucial para o desenvolvimento de terapias direcionadas que melhoram os prognósticos dos pacientes, reduzindo disparidades nos cuidados oncológicos.

PDF

Referências

ALIX-PANABIÈRES, C.; PANTEL, K. Challenges in circulating tumour cell research. Nature Reviews Cancer, v. 14, n. 9, p. 623-631, 2014.

BEDARD, P. L. et al. Tumour heterogeneity in the clinic. Nature, v. 501, n. 7467, p. 355-364, 2013.

DRUKER, B. J. et al. Efficacy and safety of a specific inhibitor of the BCR-ABL tyrosine kinase in chronic myeloid leukemia. New England Journal of Medicine, v. 344, n. 14, p. 1031-1037, 2001.

DOUDNA, J. A.; CHARPENTIER, E. The new frontier of genome engineering with CRISPR-Cas9. Science, v. 346, n. 6213, p. 1258096, 2014.

ENGELMAN, J. A. et al. MET amplification leads to gefitinib resistance in lung cancer by activating ERBB3 signaling. Science, v. 316, n. 5827, p. 1039-1043, 2007.

FEERO, W. G.; GUTTMACHER, A. E.; COLLINS, F. S. Genomic medicine—an updated primer. New England Journal of Medicine, v. 362, n. 21, p. 2001-2011, 2010.

GREAVES, M.; MALEY, C. C. Clonal evolution in cancer. Nature, v. 481, n. 7381, p. 306-313, 2012.

JIANG, X. et al. Comprehensive characterization of chemokine receptors in human lung adenocarcinoma. Cancer Research, v. 79, n. 2, p. 312-327, 2019.

LYNCH, T. J. et al. Activating mutations in the epidermal growth factor receptor underlying responsiveness of non-small-cell lung cancer to gefitinib. New England Journal of Medicine, v. 350, n. 21, p. 2129-2139, 2004.

MAUDE, S. L. et al. Chimeric antigen receptor T cells for sustained remissions in leukemia. New England Journal of Medicine, v. 371, n. 16, p. 1507-1517, 2014.

MARDIS, E. R. DNA sequencing technologies: 2006–2016. Nature Protocols, v. 12, n. 2, p. 213-218, 2017.

MERTINS, P. et al. Proteogenomics connects somatic mutations to signalling in breast cancer. Nature, v. 534, n. 7605, p. 55-62, 2016.

NATIONAL INSTITUTES OF HEALTH. NIH guidelines for research involving recombinant or synthetic nucleic acid molecules. Federal Register, v. 82, n. 189, p. 48192-48216, 2017.

POPEJOY, A. B.; FULLERTON, S. M. Genomics is failing on diversity. Nature, v. 538, n. 7624, p. 161-164, 2016.

RIBAS, A. et al. Association of pembrolizumab with tumor response and survival among patients with advanced melanoma. JAMA, v. 315, n. 15, p. 1600-1609, 2016.

SLAMON, D. J. et al. Use of chemotherapy plus a monoclonal antibody against HER2 for metastatic breast cancer that overexpresses HER2. New England Journal of Medicine, v. 344, n. 11, p. 783-792, 2001.

THE CANCER GENOME ATLAS RESEARCH NETWORK. Comprehensive molecular portraits of human breast tumours. Nature, v. 490, n. 7418, p. 61-70, 2013.

TURNBULL, C.; SUD, A.; HOULSTON, R. S. Cancer genetics for the clinician: Hereditary cancer syndromes and risk prediction. Genetic Medicine, v. 20, n. 3, p. 286-295, 2018.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168)