Análise do Tratamento Cirúrgico em Pacientes Politraumatizados: Perspectivas Entre 2019 e 2023
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Como Citar

Mazzardo, V., Wandermurem Melo Ramos, J., Petry Canalli, I., & Vieira Mota, R. (2024). Análise do Tratamento Cirúrgico em Pacientes Politraumatizados: Perspectivas Entre 2019 e 2023. A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168), 1(4), 288–296. Recuperado de https://healthbeaconjournal.com/index.php/ihbj/article/view/46

Resumo

RESUMO

As lesões traumáticas são uma das principais causas de morte globalmente, responsáveis por mais de 5 milhões de mortes anuais, com o politraumatismo — caracterizado por múltiplas lesões graves em órgãos e sistemas vitais — impondo um significativo ônus sobre os sistemas de saúde devido à complexidade dos cuidados necessários. No Brasil, as causas externas como acidentes de trânsito e homicídios predominam entre as causas de morte, particularmente entre os jovens adultos de 20 a 49 anos. O presente estudo analisa o tratamento cirúrgico de pacientes politraumatizados no Brasil de 2019 a 2023, usando dados do Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa revela uma redução geral na taxa de mortalidade de 4,05 em 2019 para 2,99 em 2023, indicando melhorias nos cuidados de saúde ao longo do tempo. No entanto, são evidentes disparidades regionais significativas: o Sudeste teve o maior número de internações e óbitos, enquanto o Norte apresentou a maior taxa de mortalidade e menores custos hospitalares. O estudo identificou um gasto total de aproximadamente 1,05 bilhões de reais com tratamento cirúrgico, com a região Sudeste liderando em custos e a região Norte alocando menos recursos. A análise dos dados mostra que, apesar da tendência positiva na redução da mortalidade, desafios permanecem, como evidenciado pelas taxas de mortalidade mais altas no Norte e menores investimentos na região. A pesquisa destaca a necessidade de uma distribuição mais equitativa dos recursos e políticas públicas eficazes para melhorar os cuidados e reduzir as desigualdades no tratamento de politraumatizados em todo o país. A continuidade de estudos e a implementação de estratégias direcionadas são cruciais para promover avanços adicionais e melhorar a qualidade de vida dos pacientes afetados.

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