SÍNCOPE SITUACIONAL ASSOCIADA A TOSSE: RELATO DE CASO

Resumo

Introdução: A Síncope é definida como a perda transitória da consciência decorrente de hipoperfusão cerebral, caracterizada por perda de reação e de tônus postural, de início rápido, curta duração e recuperação espontânea completa, ou seja, não necessita de intervenções de ressuscitação específicas. Apresenta muitas características clínicas em comum com outros distúrbios, como é o caso da epilepsia, distúrbios metabólicos (incluindo a hipóxia e hipoglicemia), intoxicação e ataque isquêmico transitório, portanto, apresenta-se em muitos diagnósticos diferenciais. Objetivo: Relatar o caso de um paciente diagnosticado com síncope reflexa por tosse, cujos eventos reflexos sincopais, além das comorbidades presentes, eram precipitados pela ocorrência de tosse produtiva, seguida de desmaio com perda da consciência e movimentos involuntários, com retorno espontâneo, sem a necessidade de intervenções. Métodos: As informações foram obtidas por meio de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Resultados: O caso relatado e publicações levantadas trazem à luz a discussão do diagnóstico e terapêutica de uma doença complexa que é a síncope reflexa  evidenciam que, embora associada a baixa mortalidade, essa doença apresenta alta incidência na população geral, constituindo uma das principais causas de urgência nos atendimentos médicos, causando prejuízo na qualidade de vida dos indivíduos devido às altas taxas de recorrência e complicações, como traumas, principalmente  quedas em idosos, com repercussão na funcionalidade dos mesmos. Conclusão: A síncope reflexa pode ter diversas etiologias, porém em populações específicas como os pacientes em hemodiálise, gatilhos como o reflexo de tosse, associado a múltiplas comorbidades e fatores inerentes ao procedimento, podem levar a sua ocorrência, sendo sua detecção importante na redução de mortalidade, morbidade e recorrência de eventos. Quando possível, o tratamento deve ser focado na correção da causa subjacente, podendo variar desde medidas conservadoras, como por exemplo o controle pressórico, glicêmico, controle da ultrafiltração, avaliação de medicamentos associados, até a necessidade de implantação de um marca-passo cardíaco definitivo.