Pneumonia Fúngica e Criptococose: Revisão Abrangente dos Desafios Diagnósticos, Abordagens Terapêuticas e Impactos Clínicos em Populações Imunocomprometidas
PDF

Palavras-chave

Pneumonia Fúngica, Criptococose, Diagnóstico, Tratamento, Populações Imunocomprometidas, Infecção Fúngica.

Como Citar

Lima Sperandio, P., dos Santos Gualhanoni de Morais , L., Karoline Neves Leite , P., De Freitas Matias , B., Meira Valadares, N. M., Cressoni De Conti, A. C., … Moreira Freitas, R. P. (2024). Pneumonia Fúngica e Criptococose: Revisão Abrangente dos Desafios Diagnósticos, Abordagens Terapêuticas e Impactos Clínicos em Populações Imunocomprometidas. A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168), 1(4), 330–340. Recuperado de https://healthbeaconjournal.com/index.php/ihbj/article/view/51

Resumo

Introdução:  A pneumonia fúngica é uma infecção pulmonar grave que frequentemente acomete pacientes imunocomprometidos, como aqueles com HIV/AIDS, transplantados ou em uso de imunossupressores. Dentre as infecções fúngicas, a criptococose, causada pelo Cryptococcus neoformans, destaca-se por sua elevada morbimortalidade. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar os desfechos clínicos. Contudo, a identificação dessas infecções é muitas vezes desafiadora devido à inespecificidade dos sintomas e às limitações dos métodos diagnósticos convencionais. Objetivo:  Este artigo tem como objetivo revisar os principais desafios diagnósticos e as abordagens terapêuticas para pneumonia fúngica e criptococose, com ênfase nos impactos clínicos em populações imunocomprometidas. Metodologia:  Foi realizada uma revisão bibliográfica em bases de dados científicas como PubMed e Scielo, utilizando termos como "pneumonia fúngica", "criptococose", "diagnóstico", "tratamento", "população imunocomprometida" e "infecção fúngica". Foram selecionados artigos publicados nos últimos 10 anos, focando nos aspectos diagnósticos, terapêuticos e nos impactos clínicos dessas doenças em pacientes imunocomprometidos. Discussão/Resultados:  Os desafios diagnósticos incluem a ausência de sintomas específicos, que muitas vezes se confundem com os de outras doenças pulmonares, como tuberculose e pneumonias bacterianas. A confirmação do diagnóstico frequentemente requer métodos laboratoriais especializados, como cultura fúngica, teste de antígeno criptocócico e PCR (reação em cadeia da polimerase). No entanto, essas técnicas têm limitações, especialmente em estágios iniciais da infecção ou em casos de baixa carga fúngica. No que se refere ao tratamento, antifúngicos como anfotericina B, fluconazol e voriconazol são comumente utilizados, mas a eficácia varia conforme o estado imunológico do paciente e a rapidez na implementação da terapia. O manejo clínico em populações imunocomprometidas exige uma abordagem multidisciplinar, incluindo monitoramento rigoroso e ajustes terapêuticos contínuos para minimizar complicações e melhorar a sobrevida. Conclusão:  A pneumonia fúngica e a criptococose representam desafios clínicos significativos, especialmente em pacientes imunocomprometidos. O diagnóstico precoce e o tratamento eficaz são fundamentais para melhorar os resultados, mas as limitações dos métodos atuais ressaltam a necessidade de desenvolver novas tecnologias diagnósticas e terapêuticas. Uma abordagem multidisciplinar é crucial para otimizar o cuidado desses pacientes vulneráveis.

PDF

Referências

BOULWARE, D. R. et al. Amphotericin B or Fluconazole for Cryptococcal Meningitis in AIDS. New England Journal of Medicine, v. 370, n. 4, p. 338-348, 2014.

CASADEVALL, A.; PERFECT, J. R. Cryptococcus neoformans. Infectious Disease Clinics of North America, v. 12, n. 2, p. 407-420, 1998.

DISMUKES, W. E. Management of fungal infections in immunocompromised patients. Infectious Disease Clinics of North America, v. 20, n. 3, p. 517-531, 2006.

KAUR, S.; KAUR, P. Management of cryptococcal infections in HIV/AIDS patients. Journal of Clinical Microbiology, v. 54, n. 12, p. 2953-2963, 2016.

KAUFFMAN, C. A. Fungal infections in immunocompromised patients. Clinical Infectious Diseases, v. 49, n. 1, p. 87-91, 2009.

LORTHOLARY, O. et al. Cryptococcosis in HIV-infected patients: The role of antifungal therapy. Journal of Antimicrobial Chemotherapy, v. 67, n. 3, p. 506-510, 2011.

MAZIARZ, E. K.; PERFECT, J. R. Cryptococcosis. Infectious Disease Clinics of North America, v. 30, n. 1, p. 179-206, 2016.

MEYER, W. et al. Molecular typing of Cryptococcus neoformans: An update. Fungal Genetics and Biology, v. 90, p. 1-10, 2016.

PAPPAS, P. G. et al. Treatment of cryptococcal meningitis in HIV-infected patients. New England Journal of Medicine, v. 368, n. 2, p. 129-138, 2009.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168)