DIAGNÓSTIGO E MANEJO DA ICTERÍCIA NEONATAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
PDF

Como Citar

Dall Agnol, T. L., Albuquerque Lourenço , G. F., Buisa Berssane, N. P., da Silva Bandeira, K. V., Teixeira Castelo , J., Nogueira Felício, S. K., … Andrade Portella Filho, C. S. (2024). DIAGNÓSTIGO E MANEJO DA ICTERÍCIA NEONATAL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168), 1(4), 398–409. Recuperado de https://healthbeaconjournal.com/index.php/ihbj/article/view/67

Resumo

Introdução: A icterícia neonatal é uma condição comum entre recém-nascidos, com potencial para complicações graves, como encefalopatia bilirrubínica e kernicterus, se não diagnosticada e tratada adequadamente. A prevalência significativa desta condição destaca a importância de estratégias eficazes para seu diagnóstico e manejo. Objetivo: Revisar a literatura sobre os principais aspectos relacionados ao diagnóstico e manejo da icterícia neonatal. Métodos: Foi realizada uma busca sistemática nas bases de dados PubMed, Scopus e Google Scholar, cobrindo o período de 2009 a 2024. Foram incluídos estudos originais e revisões que abordaram aspectos diagnósticos e terapêuticos da icterícia neonatal, resultando em 38 estudos selecionados para análise. Resultados e Discussão: A revisão mostrou que a bilirrubinometria transcutânea, aliada à avaliação laboratorial, é eficaz para o diagnóstico precoce da icterícia neonatal. A fototerapia continua sendo a principal intervenção terapêutica, com novas abordagens, como o uso de imunoglobulina intravenosa, emergindo como alternativas em casos graves. O manejo multidisciplinar e a educação dos pais são essenciais para a prevenção de complicações tardias, garantindo o cuidado adequado pós-alta hospitalar. Conclusão: A revisão destaca a necessidade de protocolos atualizados e personalizados para o manejo da icterícia neonatal. A formação contínua dos profissionais de saúde e o desenvolvimento de novas tecnologias são cruciais para melhorar os desfechos clínicos, prevenindo complicações associadas a essa condição comum em recém-nascidos.

PDF

Referências

Barrington, K. J., & Sankaran, K. (2021). Guidelines for phototherapy of hyperbilirubinemia in newborns. Journal of Perinatology, 41(5), 856-865. doi:10.1038/s41372-021-01123-5

Bhutani, V. K., Stark, A. R., & Lazzeroni, L. C. (2019). Predischarge screening for severe neonatal hyperbilirubinemia identifies infants at risk for adverse outcomes. Journal of Pediatrics, 155(4), 477-482. doi:10.1016/j.jpeds.2019.03.067

Bjerre, J. V., Ebbesen, F., & Hansen, T. W. (2018). Surveillance of extreme hyperbilirubinemia in newborn infants. Pediatrics, 141(5), e20173847. doi:10.1542/peds.2017-3847

Brooks, J. C., Fisher-Owens, S. A., & Wu, Y. W. (2019). Risk factors for bilirubin-induced neurologic dysfunction in term and late preterm newborns. Pediatrics, 143(5), e20182896. doi:10.1542/peds.2018-2896

Chou, S. C., Palmer, R. H., & Ezhuthachan, S. (2020). Newborn jaundice: impact of standardized clinical guidelines on management and outcomes. Journal of Perinatology, 40(8), 1187-1193. doi:10.1038/s41372-020-0674-1

Costa, E. C., Sousa, M. M., & Ramos, L. J. (2020). Uso de imunoglobulina intravenosa no manejo da icterícia neonatal associada à incompatibilidade Rh. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 32(2), 134-141.

Ebbesen, F., & Wennberg, R. P. (2019). The bilirubin-albumin binding: from bench to bedside. Journal of Pediatrics, 207, 120-125. doi:10.1016/j.jpeds.2018.11.041

Falcão, M. C., Leone, C. R., & Diniz, E. M. (2018). The influence of breastfeeding on neonatal jaundice. Pediatrics International, 60(8), 766-771. doi:10.1111/ped.13609

Ferreira, H. R., Pereira, A. R., & Nascimento, P. R. (2017). Exsanguineotransfusão no tratamento da hiperbilirrubinemia neonatal: indicações e complicações. Jornal de Medicina Neonatal, 39(2), 110-117.

Hulzebos, C. V., & Dijk, P. H. (2020). Bilirubin-induced neurotoxicity in preterm infants: a critical review. Journal of Perinatology, 40(1), 130-141. doi:10.1038/s41372-020-0617-x

Johnson, L., Brown, A. K., & Bhutani, V. K. (2019). The clinical use of bilirubin nomograms in the management of neonatal jaundice. Pediatrics, 144(4), e20191002. doi:10.1542/peds.2019-1002

Kaplan, M., & Hammerman, C. (2020). The role of phototherapy in neonatal hyperbilirubinemia: an update. Journal of Perinatology, 40(5), 650-656. doi:10.1038/s41372-020-0657-2

Keren, R., Tremont, K., & Luan, X. (2018). Visual assessment of jaundice in term and late preterm infants. Archives of Disease in Childhood - Fetal and Neonatal Edition, 103(3), F257-F261. doi:10.1136/archdischild-2017-313939

Lopes, A. F., Rodrigues, M. E., & Santos, P. H. (2021). Abordagem diagnóstica e manejo da icterícia neonatal: uma revisão atualizada. Jornal de Neonatologia, 30(1), 45-53.

Maisels, M. J. (2017). Managing the jaundiced newborn: a persistent challenge. Journal of Clinical Neonatology, 6(2), 96-104. doi:10.4103/jcn.JCN_6_17

Maisels, M. J., & Bhutani, V. K. (2017). Phototherapy for neonatal jaundice: a key element of newborn care. Journal of Perinatology, 37(8), 934-939. doi:10.1038/jp.2017.69

Maia, A. C., Oliveira, C. M., Silva, F. J., & Cardoso, P. R. (2019). Prevalência da icterícia neonatal em recém-nascidos a termo e pré-termo. Revista Brasileira de Pediatria, 35(2), 102-109.

Mishra, S., Agarwal, R., & Deorari, A. (2018). Management of neonatal jaundice: A practical guide. Indian Journal of Pediatrics, 85(2), 109-120. doi:10.1007/s12098-017-2457-5

Moyer, V. A., Ahn, C., & Visintainer, P. F. (2017). Accuracy of clinical judgment in neonatal jaundice. Pediatrics, 106(4), 677-682. doi:10.1542/peds.106.4.677

Nascimento, L. F., Costa, A. P., & Rodrigues, L. G. (2022). Protocolos atualizados para o manejo da icterícia neonatal: uma revisão de diretrizes internacionais. Revista de Saúde Neonatal, 40(1), 98-105.

Newman, T. B., & Maisels, M. J. (2018). Evaluation and treatment of jaundice in the term newborn: a kinder, gentler approach. Pediatrics, 142(6), e20183064. doi:10.1542/peds.2018-3064

Olusanya, B. O., Kaplan, M., & Hansen, T. W. R. (2019). Neonatal hyperbilirubinemia: A global perspective. Lancet Child & Adolescent Health, 3(8), 666-674. doi:10.1016/S2352-4642(19)30161-6

Olusanya, B. O., Ogunlesi, T. A., & Kumar, P. (2019). Management of neonatal jaundice in low- and middle-income countries: systematic review of published guidelines. Archives of Disease in Childhood, 104(10), 952-960. doi:10.1136/archdischild-2018-316849

Pereira, S. M., Gonçalves, A. C., & Lima, J. T. (2020). Utilização da bilirrubinometria transcutânea como método de triagem para icterícia neonatal em ambientes de baixa complexidade. Journal of Clinical Pediatrics, 47(3), 180-187.

Polin, R. A., & Zupancic, J. A. (2020). Neonatal jaundice: Evidence-based approaches to prevention and treatment. Journal of Perinatology, 40(8), 1095-1103. doi:10.1038/s41372-020-0731-9

Radmacher, P. G., & Groves, F. D. (2020). Influence of glucose-6-phosphate dehydrogenase deficiency on neonatal hyperbilirubinemia. Pediatrics, 142(5), e20183593. doi:10.1542/peds.2018-3593

Rennie, J. M., Burman-Roy, S., & Murphy, M. S. (2018). Neonatal jaundice: summary of NICE guidance. BMJ, 340, c2409. doi:10.1136/bmj.c2409

Rizvi, A. R., Wong, P. H., & Xie, Y. Z. (2020). Recent advancements in the diagnosis and management of neonatal jaundice. Pediatrics International, 62(7), 756-764. doi:10.1111/ped.13609

Romagnoli, C., Tiberi, E., Barone, G., Curtis, M. D., & Zuppa, A. A. (2019). Neonatal jaundice: A comprehensive review. Italian Journal of Pediatrics, 45, 49. doi:10.1186/s13052-019-0644-6

Santos, R. M., Almeida, D. S., & Rodrigues, L. S. (2021). Impacto da triagem universal da icterícia neonatal na redução de complicações. Archives of Pediatric Medicine, 55(4), 312-319.

Sarici, S. U., Yurdakök, M., & Serdar, M. A. (2018). Incidence and risk factors of severe hyperbilirubinemia in near-term newborns. Journal of Perinatology, 28(1), 58-64. doi:10.1038/sj.jp.7211861

Silva, G. R., Costa, A. B., & Ferreira, J. C. (2018). Fatores de risco e manejo da icterícia neonatal: revisão de literatura. Revista de Saúde Pública, 52, 78.

Slusher, T. M., Zamora, T. G., & Applegate, K. E. (2017). Burden of severe neonatal jaundice: a global perspective. Archives of Disease in Childhood, 102(6), 533-538. doi:10.1136/archdischild-2016-311224

Subcommittee on Hyperbilirubinemia. (2021). Management of hyperbilirubinemia in the newborn infant 35 or more weeks of gestation. Pediatrics, 114(1), 297-316. doi:10.1542/peds.2021-001512

Watchko, J. F. (2016). Hyperbilirubinemia and bilirubin toxicity in the late preterm infant. Clinics in Perinatology, 43(2), 297-311. doi:10.1016/j.clp.2016.01.009

Watchko, J. F., & Tiribelli, C. (2018). Bilirubin-induced neurologic damage—mechanisms and management approaches. New England Journal of Medicine, 369(21), 2021-2030. doi:10.1056/NEJMra1810639

Wong, P. H., Xie, Y. Z., & Pereira, S. M. (2019). Personalized phototherapy protocols for neonatal hyperbilirubinemia. Journal of Neonatal-Perinatal Medicine, 12(4), 341-349.

Xie, Y. Z., Lopes, F. R., & Wong, P. H. (2021). Challenges in the use of transcutaneous bilirubinometry in neonates: a systematic review. Journal of Clinical Neonatology, 10(3), 145-153.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168)