Manejo da doença trofoblástica gestacional mola-hidatiforme completa e incompleta

Resumo

A mola hidatiforme completa e a mola hidatiforme incompleta representam variações da doença trofoblástica gestacional, com diferenças significativas em termos de patogênese, apresentação clínica, prognóstico e abordagem terapêutica. A mola completa é associada a maior proliferação trofoblástica, níveis elevados de gonadotrofina coriônica humana (hCG) e ausência de tecido fetal, enquanto a mola incompleta apresenta proliferação trofoblástica menos acentuada e pode conter tecido fetal ou placentário anormal. O objetivo desta revisão integrativa é aprofundar a compreensão das diferenças no manejo da doença trofoblástica gestacional entre a mola hidatiforme completa e incompleta, visando contribuir para o aprimoramento do conhecimento científico e da prática clínica no tratamento dessa condição. A metodologia utilizada compreende uma revisão integrativa de literatura, incluindo estudos publicados nos últimos cinco anos em inglês, português ou espanhol, com foco em artigos que discutem as características clínicas, diagnósticas e terapêuticas de ambas as formas de mola. Os resultados desta revisão indicam que o manejo da mola hidatiforme completa requer um acompanhamento mais rigoroso, com monitoramento frequente dos níveis de hCG e, em alguns casos, intervenção quimioterápica profilática devido ao risco elevado de malignização. Por outro lado, o manejo da mola hidatiforme incompleta é geralmente menos agressivo, necessitando de um acompanhamento clínico menos intensivo. Conclui-se que a distinção precoce entre as duas formas de mola hidatiforme é essencial para a escolha da estratégia terapêutica mais adequada, minimizando complicações e otimizando os resultados clínicos para as pacientes.