AVANÇOS EM TERAPIAS MODIFICADORAS DA DOENÇA NA ESCLEROSE MÚLTIPLA

Resumo

Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central, caracterizada pela desmielinização e neurodegeneração. Tradicionalmente, o tratamento focava em reduzir os sintomas e as exacerbações. No entanto, o desenvolvimento de Terapias Modificadoras da Doença (TMDs) tem revolucionado o manejo da EM, oferecendo novas possibilidades para alterar o curso natural da doença. Objetivo: Este artigo de revisão visa sintetizar e discutir os avanços recentes no desenvolvimento e aplicação das TMDs para a EM, com foco nos mecanismos de ação, eficácia clínica, segurança e personalização do tratamento. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura científica, analisando estudos clínicos e pré-clínicos publicados nas últimas duas décadas sobre TMDs na EM. A pesquisa abrangeu diversas bases de dados, como PubMed e Scopus, com ênfase em estudos que abordam novas terapias e seus mecanismos inovadores. Resultados e Discussão: Os resultados indicam que as TMDs mais recentes, como anticorpos monoclonais (e.g., ocrelizumabe) e moduladores de receptores de esfingosina-1-fosfato, têm mostrado eficácia significativa na redução da atividade da doença e na progressão da incapacidade. As terapias celulares e os inibidores de Bruton Tirosina Quinase (BTK) emergem como promissoras, com potencial para não apenas modular a resposta imunológica, mas também promover a regeneração neuronal. No entanto, a eficácia dessas terapias varia entre os diferentes fenótipos da EM, e os desafios relacionados à segurança e à acessibilidade permanecem. Conclusão: Os avanços nas TMDs para EM representam uma mudança paradigmática no tratamento da doença, oferecendo novas esperanças para pacientes e profissionais de saúde. Apesar dos progressos, há uma necessidade contínua de pesquisas para otimizar essas terapias e torná-las acessíveis a todos os pacientes. A medicina personalizada e a identificação de biomarcadores serão cruciais para o futuro do manejo da EM.