Autonomia e competência da enfermagem na gestão de Paradas Cardiorrespiratórias (PCR)

Resumo

A Parada Cardiorrespiratória (PCR) é uma condição crítica caracterizada pela ausência de pulso central, perda de consciência e apneia. Para restabelecer a circulação espontânea, são realizadas manobras de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) com o objetivo de manter a perfusão arterial dos órgãos vitais. A enfermagem desempenha um papel vital na saúde pública e no bem-estar da sociedade, promovendo a saúde, mantendo e recuperando a vida através de cuidados diretos, educação, prevenção e apoio emocional. Este estudo visa identificar qual é a relação entre o estudo permanente e a autonomia profissional da enfermagem na efetividade das intervenções de reanimação cardíaca. Trata-se de uma revisão de literatura cuja coleta de dados foi realizada entre julho e agosto de 2024, utilizando como base de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram considerados estudos publicados em português, inglês e espanhol, resultando na seleção de 11 estudos relevantes, publicados entre 2018 e 2024. Os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) utilizados na busca foram: “Enfermagem”, “Doenças Cardiovasculares”, “Parada Cardiorrespiratória”, “Reanimação Cardiopulmonar” e “Processo de Enfermagem” com a combinação dos operadores booleanos AND e OR. A análise qualitativa permitiu a síntese das informações contidas nos artigos selecionados, revelando que a educação continuada e a autonomia dos profissionais estão intrinsecamente ligadas à eficácia das manobras de reanimação e à segurança do atendimento. As patologias cardiovasculares, especialmente a Parada Cardiorrespiratória, são uma das principais causas de mortalidade em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC). A enfermagem tem um papel crucial na identificação precoce e intervenção em casos de parada.  No entanto, há deficiências no uso do desfibrilador, afetando a autonomia dos profissionais. A simulação clínica é apontada como uma ferramenta eficaz para melhorar o conhecimento e habilidades, garantindo maior segurança e eficiência no atendimento. Conclui-se que a autonomia é crucial para a proatividade da enfermagem em emergências, evitando atrasos, ansiedade e erros nas compressões torácicas, problemas frequentemente causados pela falta de conhecimento. Portanto, é essencial que os profissionais continuem aprendendo continuamente para manter a alta qualidade no atendimento.