QUADRO EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES EM GOIÁS NO PERÍODO DE 2015-2020
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Palavras-chave

Epidemiologia
Sífilis
Gravidez de alto risco
Políticas de Saúde

Como Citar

Amorim Costa, A. C., Augusto Ferraz, L., Castelo Souza Santana, J., & Mello Dias , K. (2024). QUADRO EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS EM GESTANTES EM GOIÁS NO PERÍODO DE 2015-2020. A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168), 1(6), 69–80. Recuperado de https://healthbeaconjournal.com/index.php/ihbj/article/view/99

Resumo

Introdução: A sífilis é caracterizada como uma infecção sexualmente transmissível ocasionada pela infecção por Treponema pallidum. Essa doença pode ser classificada em primária, secundária e terciária, podendo se manter no organismo em sua forma latente. O rastreio da sífilis gestacional é de importância à saúde pública, pois pode causar consequências para a mãe e para o feto, podendo ser transmitido de forma vertical. Objetivo: Descrever o quadro epidemiológico da sífilis em gestantes no estado de Goiás entre os anos de 2015-2020. Metodologia: Estudo epidemiológico ecológico, descritivo e observacional. A coleta de dados foi realizada no Sistema de Informações de Agravos de Notificações (TABNET) e analisada de acordo com as variáveis ano de diagnóstico, faixa etária, classificação clínica e escolaridade por meio de uma análise estatística descritiva. Resultados: Foram registrados 9.986 casos, sendo o maior número de notificações em 2019 (21,86%) e o menor em 2015 (10,64%). A faixa etária mais atingida foi entre 20 e 39 anos (71,64%) e a classificação clínica mais prevalente foi a fase latente (32,87%). Em relação à escolaridade, os mais afetados foram os Ignorado/Branco (33,59%) e os menos afetados os analfabetos (0,17%). Conclusão: O cenário atual da sífilis gestacional em Goiás ainda é preocupante, necessitando-se pensar em políticas preventivas destinadas principalmente a população jovem e fértil, assim como elaboração de intervenções de diagnósticos prévios evitando assim complicações.

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