Abstract
Introdução: Caracterizada por distúrbios profundos no pensamento, percepção, emoções e comportamento, a esquizofrenia compromete a capacidade de um indivíduo de levar uma vida funcional e plena. Além do tratamento farmacológico, é essencial que o manejo da esquizofrenia envolva uma abordagem psicossocial integrada. Objetivo: Este artigo tem como objetivo geral analisar os desafios enfrentados pelos pacientes com esquizofrenia no tratamento contínuo. Metodologia: A pesquisa é fundamentada em uma revisão abrangente da literatura existente, para a coleta dos dados, foi utilizada a base de dados PubMed e Scielo, abrangendo estudos entre 2014 a 2024. A pesquisa foi conduzida com os termos "Esquizofrenia”, “Tratamento Continuado”, “Qualidade de Vida", aplicando o operador booleano "AND". Resultados e discussão: a esquizofrenia é uma condição crônica e desafiadora que exige um tratamento contínuo e multidisciplinar para o manejo eficaz de seus sintomas e a promoção de uma melhor qualidade de vida para os pacientes. A adesão ao tratamento farmacológico continua sendo um dos maiores obstáculos enfrentados pelos indivíduos com esquizofrenia, devido aos efeitos colaterais dos medicamentos e à falta de insight sobre a doença. Além disso, as comorbidades psiquiátricas e o estigma social agravam ainda mais as dificuldades no tratamento e na integração dos pacientes à sociedade. No entanto, a literatura revisada demonstra que a implementação de abordagens psicossociais, como psicoterapia cognitivo-comportamental, apoio familiar e reabilitação psicossocial, pode contribuir significativamente para melhorar a adesão ao tratamento e a funcionalidade dos pacientes. Portanto, para enfrentar os desafios do tratamento contínuo da esquizofrenia e promover a melhoria da qualidade de vida dos pacientes, é essencial adotar uma abordagem terapêutica integrada. Isso envolve não apenas o tratamento medicamentoso adequado, mas também a inclusão de estratégias psicossociais e o fortalecimento do suporte familiar. Além disso, inovações tecnológicas, como o uso de telemedicina e monitoramento remoto, têm o potencial de melhorar o acompanhamento contínuo e a intervenção precoce em caso de recaídas. Conclusão: O tratamento eficaz da esquizofrenia deve ser visto como um processo contínuo e colaborativo, que visa promover a autonomia e a inclusão social dos pacientes, permitindo-lhes uma vida mais funcional e satisfatória.
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