Resumen
Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é frequentemente associado à infância, mas estudos demonstram que seus sintomas podem persistir na idade adulta, impactando negativamente a vida profissional, social e emocional dos indivíduos afetados. A abordagem terapêutica para adultos ainda apresenta desafios, principalmente devido à variabilidade nos sintomas e à comorbidade com outras condições, como ansiedade e depressão. Objetivo: Analisar as intervenções farmacológicas emergentes no tratamento do TDAH em adultos. Metodologia: A pesquisa é fundamentada em uma revisão abrangente da literatura existente, para a coleta dos dados, foi utilizada a base de dados PubMed e Scielo, abrangendo estudos entre 2014 a 2024. A pesquisa foi conduzida com os termos "Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade”, “Tratamento Farmacológico”, “Adultos", aplicando o operador booleano "AND". Resultados e discussão: O tratamento farmacológico do TDAH em adultos tem se expandido com o surgimento de novas opções terapêuticas, como a atomoxetina, os agonistas alfa-2 adrenérgicos e a bupropiona. Estes medicamentos têm mostrado eficácia no controle dos sintomas de TDAH, além de beneficiar pacientes com comorbidades como ansiedade e depressão. A combinação de tratamentos, tanto estimulantes quanto não estimulantes, tem se mostrado eficaz, especialmente em casos mais graves ou resistentes ao tratamento. A personalização do tratamento, considerando a resposta individual e os efeitos colaterais, tem se mostrado essencial para otimizar os resultados. Além disso, a pesquisa em farmacogenômica e biomarcadores oferece novas perspectivas para tornar o tratamento ainda mais preciso e direcionado. Conclusão: Os avanços nas intervenções farmacológicas para o TDAH em adultos, incluindo novas opções como a atomoxetina, agonistas alfa-2 adrenérgicos e bupropiona, têm mostrado promissores resultados no controle dos sintomas e no manejo de comorbidades associadas. A personalização do tratamento, aliada à pesquisa em farmacogenômica, oferece um caminho para terapias mais eficazes e direcionadas. No entanto, desafios como a variabilidade na resposta aos tratamentos e a adesão ao tratamento continuam a exigir mais investigação e inovação.
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