ANÁLISE DOS CASOS DE SÍFILIS ADQUIRIDA NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2022 NO ESTADO DO MARANHÃO
PDF (Português (Brasil))

Cómo citar

Barbosa Souza, V., & Caroline Martins de Jesus. (2024). ANÁLISE DOS CASOS DE SÍFILIS ADQUIRIDA NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2022 NO ESTADO DO MARANHÃO. A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168), 1(5), 187–200. Recuperado a partir de https://healthbeaconjournal.com/index.php/ihbj/article/view/92

Resumen

INTRODUÇÃO: A sífilis é uma doença cuja a etiologia está associada à bactéria Treponema Pallidum, um dos seus principais sintomas são feridas que se depõem no local da infecção. A sífilis pode ser dividida em sífilis primária, secundária, latente e terciária, onde nos três primeiros estágios a taxa de contaminação é maior. A sífilis pode ser adquirida por meio de várias situações como relações sexuais desprotegidas, de mãe para filho ou contaminação de um objeto infectado. OBJETIVOS: Devido ao grande problema de saúde pública que a sífilis causa, o objetivo desse trabalho é analisar os casos de sífilis adquirida no estado do Maranhão. METODOLOGIA: Estudo retrospectivo e descritivo de natureza ecológica que usa uma abordagem quali-quantitativa para analisar os casos no estado. A coleta de dados foi realizada por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), mantido pelo DATASUS. Os dados são de domínio público e podem ser acessados por qualquer cidadão. RESULTADOS: No ano de 2022, o Marahão registrou 2.849 casos de sífilis adquirida, sendo o mês de agosto com o maior número de casos, correspondendo a 10,12% do total de casos confirmados. Ademais, houve uma grande quantidade de casos no Nordeste, com 32.321 casos em toda a região. Dado preocupante, visto que, a região fica atrás apenas do Sudeste e Sul. No estado, a faixa etária mais afetada foi pessoas entre 20 a 39 anos, com 1.749 casos confirmados. Nesse contexto, dos 2.849 casos confirmados, 1.728 foram apenas na população masculina e 1.121 casos na população feminina. Quanto a escolaridade, pessoas que não concluíram o ensino médio apresentam maior prevalência de sífilis adquirida. CONCLUSÃO: Desse modo, o aumento significativo dos casos em comparação a 2021, com destaque para a predominância entre homens jovens e de baixa escolaridade, evidencia que há uma necessidade urgente de melhorar as estratégias de prevenção e controle, especialmente através de campanhas educacionais e políticas de saúde que considerem as disparidades raciais e socioeconômicas, uma vez que a falta de uso de preservativos e a desinformação sobre a doença são fatores que contribuem para o aumento dos casos.

PDF (Português (Brasil))

Citas

Agência Brasil. Dezembro Vermelho: os desafios da prevenção de ISTs e do HIV. [S. l.]: Caroline Pessoa, 2023. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/saude/audio/2023-12/dezembro-vermelho-os-desafios-da-prevencao-de-ists-e-do-hiv#:~:text=De%20acordo%20com%20o%20Minist%C3%A9rio,%C3%A9%20a%20vacina%C3%A7%C3%A3o%20contra%20HPV. Acesso em: 1 ago. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. (2023). Boletim epidemiológico sífilis 2023. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/especiais/2023/boletim-epidemiologico-de-sifilis-numero-especial-out.2023/view. Acesso em: 27 jul. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_diretrizes_terapeutica_atencao_i ntegral_pessoas_infeccoes_sexualmente_transmissiveis.pdf. Acesso em: 04 ago. 2024.

BUSS, P. M.; PELLEGRINI FILHO, A.. A saúde e seus determinantes sociais. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 17, n. 1, p. 77–93, jan. 2007.

CABRAL, Jeanderson Fernandes; SILVA, Marcos Andrade; NOVAIS, Tânia Maria Gaspar. ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE CASOS DE SÍFILIS EM GESTANTES NO MUNICÍPIO DE SÃO LUÍS-MA NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2021. Revista FT, Rio de Janeiro, v. 27, ed. 123, 2023. DOI: 10.5281/zenodo.8077606.

CAO, Yuping et al. A Multicenter Study Evaluating Ceftriaxone and Benzathine Penicillin G as Treatment Agents for Early Syphilis in Jiangsu, China. Clinical infectious diseases, China, n. 1683-1688, 2017. DOI: 10.1093/cid/cix611

IBGE (Brasil). Conheça o Brasil - População: Cor ou Raça. In: IBGE (Brasil). Conheça o Brasil - População: Cor ou Raça. Brasil, 2023. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18319-cor-ou-raca.html#:~:text=A%20pesquisa%20revelou%20ainda%20que,1%20mil)%20se%20declararam%20amarelas. Acesso em: 5 ago. 2024.

MATOS, Karoline Reis de et al. Perfil histórico epidemiológico da Sífilis adquirida no Brasil na última década (2011 a 2020). Conjecturas, v. 22, n. 1, p. 137-159, 2022. Disponível em: https://conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/1093. Acesso em: 05 ago. 2024.

MENEZES, Iasmin Lima et al. Sífilis adquirida no Brasil: análise retrospectiva de uma década (2010 a 2020). Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , [S. l.] , v. 6, pág. e17610611180, 2021. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i6.11180

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sífilis. Brasil: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sifilis. Acesso em: 31 jul. 2024.

MOREIRA, Gabriela Bragança Costa e et al. ADOLESCENTES E AS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: COMPORTAMENTOS DE RISCO E FATORES CONTEXTUAIS QUE CONTRIBUEM PARA O AUMENTO DA INCIDÊNCIA NO BRASIL. REVISTA INTERDISCIPLINAR CIÊNCIAS MÉDICAS, Belo Horizonte, v. 5, n. 1, p. 59-66, 2021

MOTA, Georgiane Silva. DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE E FATORES DE RISCO PARA SÍFILIS EM MULHERES DE UMA COMUNIDADE RURAL. Orientador: Prof.a Dra . Jeane Freitas de Oliveira. 2021. 1-80 p. Dissertação (Mestrado em enfermagem e saúde) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, Ba, 2021. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/37395/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20%20GEORGIANE%20MOTA.pdf. Acesso em: 24 jul. 2024.

OPAS. Casos de sífilis aumentam nas Américas. In: OPAS. Casos de sífilis aumentam nas Américas. Washington, 2024. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/22-5-2024-casos-sifilis-aumentam-nas-americas#:~:text=Os%20casos%20aumentaram%20em%20mais,de%20todos%20os%20novos%20casos. Acesso em: 9 ago. 2024.

PEREIRA, Alana Lopes et al. IMPACTO DA ESCOLARIDADE NA TRANSMISSÃO DO HIV E DA SÍFILIS. REVISTA INTERDISCIPLINAR CIÊNCIAS MÉDICAS, Belo Horizonte, v. 6, n. 1, p. 19-23, 2022.

PINHEIRO, Pedro. Sífilis - Sintomas, VDRL e Tratamento. MD. Saúde. Disponível em: http://www.mdsaude.com/2009/01/dst-sifilis.html. Acesso em: 02 ago. 2024.

RAMOS JR., A. N.. Persistência da sífilis como desafio para a saúde pública no Brasil: o caminho é fortalecer o SUS, em defesa da democracia e da vida. Cadernos de Saúde Pública, v. 38, n. 5, p. PT069022, 2022.

SENÃ, Arlene C et al. Rate of decline in nontreponemal antibody titers and seroreversion after treatment of early syphilis. Sex Transm Dis., [s. l.], v. 44, ed. 3, p. 6-10, 2017. DOI 10.1097/OLQ.0000000000000541

VEIGA, Maria Beatriz de Assis et al. “Como será minha vida com sífilis?”Desafios do diagnóstico em homens à luz de Leininger. Revista de enfermagem UERJ, Rio de Janeiro, p. 1-8, 2023. DOI http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2023.71679

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.

Derechos de autor 2024 A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168)