Resumo
O Acidente Vascular Encefálico (AVE), ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), é uma emergência médica grave caracterizada pela interrupção do fluxo sanguíneo cerebral, podendo causar danos permanentes. Divide-se em dois tipos principais: o AVC isquêmico, causado pela obstrução dos vasos sanguíneos, e o hemorrágico, decorrente da ruptura vascular. É uma das principais causas de mortalidade e incapacidade global, com maior incidência em idosos. Seus sintomas incluem fraqueza unilateral, dificuldade na fala, alterações visuais e cefaleia intensa. Fatores como hipertensão, diabetes e colesterol aumentam o risco, destacando a importância da prevenção dessa patologia.Este estudo revisou criticamente a abordagem ao AVC com base em diretrizes internacionais, consolidando avanços clínicos e práticas baseadas em evidências. A metodologia incluiu revisão integrativa de publicações entre 2020 e 2024, utilizando bases como Cochrane Library, Scielo, UpToDate e Google Scholar. Foram incluídos artigos em português e inglês sobre aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento.Os resultados reforçam a importância da identificação precoce e resposta rápida no manejo do AVC para reduzir danos causados. Estratégias como treinamento pré-hospitalar, avaliações neurológicas rápidas e exames de imagem, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, são cruciais. A inteligência artificial tem auxiliado na triagem e detecção. O protocolo FAST (Face, Arms, Speech, Time) mostrou-se eficaz para identificar sinais precoces e permitir intervenções rápidas.No tratamento, a trombólise intravenosa e a trombectomia mecânica são eficazes quando realizadas na janela terapêutica. O manejo de complicações em unidades especializadas contribui para a redução da mortalidade e melhoria dos desfechos funcionais. Contudo, o acesso desigual a esses avanços permanece um desafio, especialmente em áreas com recursos limitados.Conclui-se que o progresso no diagnóstico e tratamento do AVC tem sido significativo, com tecnologias avançadas desempenhando papel crucial na melhoria da detecção precoce e no manejo. Porém, a integração desses avanços exige capacitação contínua, investimento em infraestrutura e superação de barreiras regionais. A conscientização pública, a colaboração multidisciplinar e a adesão às diretrizes são indispensáveis para maximizar os benefícios das inovações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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