Caracterização epidemiológica da mortalidade por acidente vascular cerebral no Brasil no período de 2013 a 2022
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Palavras-chave

Brasil; Epidemiologia; Acidente Vascular Cerebral; Mortalidade.

Como Citar

Santos, N. S. S., Almeida Júnior , A. A. de, Lacerda, J. P. R., Tonholo , L. do C., Martins, M. F., Soares , M. L. C. F., … Gontijo , M. K. B. (2024). Caracterização epidemiológica da mortalidade por acidente vascular cerebral no Brasil no período de 2013 a 2022. A.R International Health Beacon Journal (ISSN 2966-2168), 1(4), 63–76. Recuperado de https://healthbeaconjournal.com/index.php/ihbj/article/view/24

Resumo

Introdução: O AVC é uma condição médica crítica que se manifesta quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido, levando a danos cerebrais. Objetivo: Descrever o perfil socioepidemiológico da mortalidade por AVC no Brasil, durante o período de 2013 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico de série temporal com abordagem quantitativa. Para a realização do estudo foi realizado um levantamento de dados secundários disponíveis do DATASUS, a partir da subseção do SIM. A análise descritiva dos dados foi realizada por meio de frequência absoluta (N) e relativa (%). Para realização da análise dos dados utilizou-se o Microsoft Excel 2019, no qual os resultados foram organizados em tabelas e apresentados em forma de gráficos. Resultados e discussão: Entre 2013 e 2021, o Brasil registrou 298.937 óbitos por AVC, com variações na mortalidade anual. O pico máximo ocorreu em 2016, com 32.308 óbitos, refletindo possíveis mudanças na prevalência de fatores de risco e na qualidade dos cuidados médicos, enquanto o pico mínimo foi em 2018, com 27.142 óbitos, sugerindo melhorias nas estratégias de prevenção e tratamento. Observou-se uma tendência geral de redução na mortalidade até 2018, seguida por um leve aumento nos anos subsequentes. Regionalmente, a Região Sudeste apresentou a maior taxa de mortalidade (38,32% do total), enquanto a Região Centro-Oeste teve a menor taxa (5,07%). Em termos de faixa etária, a mortalidade foi mais alta entre pessoas com 80 anos ou mais (42,70%) e mais baixa entre jovens de 20 a 29 anos (0,28%). A análise também revelou disparidades raciais e educacionais significativas, com a maior taxa de mortalidade entre os analfabetos (33,27%) e a menor entre os com 12 anos ou mais de escolaridade (3,08%). A ligeira predominância masculina na mortalidade por AVC (51,01%) também foi observada, destacando a necessidade de estratégias contínuas e adaptativas para melhorar a prevenção e o tratamento do AVC no Brasil. Conclusão: A necessidade de foco em fatores de risco modificáveis e na reestruturação dos serviços de saúde é evidente para reduzir a mortalidade por AVC. O uso de tecnologias avançadas e intervenções direcionadas pode melhorar os resultados de saúde.

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